Estilos no Design

 

Estilo Luís XIII













O Estilo do Monarca Francês Luís XIII

O estilo Luís XIII durou do fim do século XVI até a subida de Luís XIV ao trono.

No inicio sofrendo as influências de estilo renascentista italiano, o estilo Luís XIII aparece com um aspecto pesado e redundante, reflete grandiosidade e excesso de ornamentos (influência do Barroco).





Os modelos hispano-flamengos e italianos dividiram a preferência dos decoradores da época e de seus clientes (príncipes, nobres e burgueses ricos). As paredes eram cobertas com pinturas enquadradas por estuques dourados, tapeçarias ou couro, com desenhos impressos, pintados e dourados. Embora já não houvesse tantos artistas italianos trabalhando na França, a Itália é ainda considerada grande inspiradora na arquitetura e na pintura e, além disso, haviam certos artigos tidos como especialidades italianas que os nobres faziam questão de possuir, tais como os espelhos de Veneza, veludos de Gênova e sedas de Milão. Os flamengos, principalmente pintores, gravadores e arquitetos, exerceram grande influência em toda a arte dessa época, sendo considerados os criadores da indústria de tapeçaria na França.

Já no final do reinado de Luís XIII, há uma redução gradual da influência estrangeira, tornando-se a arte mais grandiosa, elegante, suntuosa.

Os móveis mais usados eram: cabinetes, armário, cama, mesa e cadeira.
As cadeiras tornam-se mais numerosas, tendo os pés ligados por uma travessa e apoio para os braços em forma de osso de carneiro a estrutura é em geral quadrada,usa-se o estofamento fixo por tachas e terminado por uma franja que era moda também nas cortinas,há também grande variedades de cadeiras e banquinhos em X, a arca continua presente no mobiliário.






O quarto era a principal peça da residência, a cama continuava encostada à parede, com quatro colunas em madeiras torneadas, ornadas de cortinas ou recoberta por ricos tecidos sustentando o dossel, conhecidas pelo nome de leito en housse (com cobertura, substituído por volta de 1645 pela alcova fechada com uma balaustrada), havia também as poltronas, cadeiras, genuflexórios e tamboretes guarnecidos de tecido, com pés torneados em círculo ou em espiral.

O grande móvel foi o cabinet ou gabinetes (“buffets” menores, onde a parte superior repousa sobre um conjunto de pequenas colunas) um móvel com vários compartimentos para objetos preciosos; era feito de ébano ou em madeira enegrecida, sendo freqüentemente importado de Flandres, e tinha batentes ricamente esculpidos em baixo-relevo, sustentado por cariátides, mísulas ou balaústres. A escrivaninha, vinda da Itália, também apareceu nesse período e surgiu o armário de tamanho menor que por suas proporções prenunciavam o advento do estilo Luís XIV.















A mesa era em madeira natural, carvalho ou nogueira, algumas vezes em ébano com incrustações em marfim ou em osso. Era comum cobrirem as mesas com um tapete, prendendo-os nas extremidades com nós de fitas.


Sendo assim observamos que a principal característica do estilo Luís XIII era a madeira torneada que compunham os pés dos móveis como as travessas das mesas e cadeiras, as laterais dos buffets e até os balaustres das escadas.





































































































































O estilo Luís XIV

“O Estado Sou Eu”

Luís XIV

Luís XIV criou em seu reinado ordem, grande disciplina, etiquetas na corte e luxo, tudo isso baseado na sua crença de divindade. O luxo de suas festas e recepções era extravagante além da dispendiosa construção do Palácio de Versailles.











O Barroco na França

O reinado de Luís XIV esta inserido no movimento Barroco que surgiu na Itália através do estilo de Miguelangelo entre outros que se opunha à cópia exata da arte clássica que é mais pesada e mais severa que o Barroco.

Esta foi uma época de riqueza e estabilidade na França, a época dos grandes dramaturgos franceses como Corneille, Racine e Moliére.

O século XVII foi o império dos homens onde a delicadeza, leveza, alegria ou certos rompantes eram considerados fraquezas desprezíveis.

A moda, a linguagem, a literatura e as artes francesas eram imitadas e invejadas em toda a Europa. Foram fundadas bibliotecas, institutos de astronomia, botânica e zoologia e construídos muitos edifícios públicos e castelos onde se destaca Versailles.

Sabemos que os estilos refletem os costumes, espírito do seu tempo e ainda muitas vezes a personalidade de um dirigente, de um rei.

Os tons escuros como o vermelho-sangue e verde-escuro predominaram no Barroco francês.


Estilo Luís XIV
Subiu ao trono em 1643, aos quatro anos de idade e reinou por 72 anos, até sua morte em 1715. Com a morte do cardeal Mazarino, resolveu Luís XIV reinar fazendo refletir seu prestígio em cada momento e ambiente. A riqueza da decoração excede tudo o que se possa imaginar.

Seu reinado foi um dos mais famosos da história da França, por isso vou escrever mais um pouquinho do que tem sido costume e espero que vocês leitores apreciem porque é uma leitura, que tenho certeza, interessante e enriquecedora. Às vezes gostaria de escrever bem mais, porém sei que aqui as preferências estão numa leitura mais leve e dinâmica, por isso coloco realmente o que acho essencial, mais tem conhecimentos que queremos dividir e valem à pena serem divididos, então aproveitem (risos).

O reinado do Rei Sol como se fez ser conhecido reflete uma forte relação entre a arte e o poder, Luís XIV, pois fim ao ministério francês e declarou-se primeiro ministro e teve ao seu lado homens de grande valor que cooperaram com ele para transformar a França no primeiro pais da Europa.

Existiu um mito em relação a Luís XIV, o termo mito é empregado já que muitas vezes Luís XIV era apresentado como onisciente, invencível, divino, comparado aos deuses e heróis da mitologia clássica como Apolo e Hercules e assim por diante.

Há décadas atrás o antropólogo norte-americano Clifford Geertz criou o conceito de “Estado de Teatro” que pode perfeitamente ser usado para o reinado do Rei Sol, inclusive pelos inúmeros rituais existentes como os sermões e as cerimônias públicas. Versailles, por exemplo, serviu a Luís XIV como cenário para a ostentação do seu poder.



O acesso a Luís XIV era cuidadosamente controlado e comportava uma série de etapas. Os visitantes passavam de pátios externos a pátios internos, subiam escadas, esperavam em antecâmaras etc., antes que lhes fossem permitido vislumbrar o rei, o cerimonial nunca era esquecido, a gravidade e a pompa acompanhavam os menores gestos do rei e dos nobres da corte que passaram a adotar uma máscara, atitudes impregnadas de grandiosidade e altivez. O próprio rei e seus conselheiros tinham uma grande preocupação com a imagem real, fora o tempo tomado por todos os rituais de diferentes tipos, Luís XIV deve ter gasto intermináveis horas posando para seus vários retratos.
A fabricação da sua imagem; de um grande homem dando sempre a impressão extremamente vantajosa de magnificência, poder, riqueza e grandeza foi modelo para vários outros monarcas.

Seu reinado além da união política teve também enorme desenvolvimento artístico, grande progresso industrial e comercial.



O estilo de Luís XIV apesar de próximo ao Barroco italiano, evita os excessos deste.
Paris reflete a glória real. São criadas as Praças das Vitórias e a de Vendôme para ostentar as estátuas do rei.
O castelo de Vaux-le-Vicomte inaugurou o verdadeiro estilo Luís XIV, com uma ordem colossal de pilastras e uma cúpula no centro do edifício, foi construído por Levau, de 1656 a 1660 e serviu de modelo a Versailles. Até a arquitetura dos jardins é simétrica e ordenada, sujeitando-se a disciplina real.










Mansart é considerado o verdadeiro criador de Versailles, apesar de sua remodelação ter começado com Lê Vau que foi o primeiro arquiteto do rei responsável pela reconstrução do pavilhão de caças de Luís XIII. Mansart fez toda a ala norte de Versailles, criou a famosa galeria dos espelhos, aumentou a fachada do parque e construiu uma série de corpos salientes com colunas e balaustradas. Como ornatos usaram cariátides, cornucópias, emblemas militares, a flor de lis, o sol com os raios se alargando e os dois “L” entrelaçados. Em 1688 ele construiu o Grand Trianon. Os jardins de Versailles foram planejados por Lê Nôtre e sua arte impôs-se por toda a Europa.



















A escultura de Luís XIV foi inspirada principalmente na mitologia grega e como novidades aparecem os bustos mostrando o corpo humano somente até a cintura.
As tapeçarias eram da indústria Beauvais e Gobelins que trabalhavam unicamente para o rei, tornando-se famosas.






Pela primeira vez também usam-se nas plantas os termos sala de jantar e salão.

Tanto versailles como os outros castelos possuem os salões enormes, planejados para grandes festas e assembléias nobres, as características principais do interior são a grande formalidade e a pompa, produzidas por detalhes em grande escala e extravagância de material e trabalho manual. As paredes, portas e janelas são consideradas muito importantes, tinham tratamentos arquitetônicos com pesadas molduras terminando às vezes em cornija, a parte de cima das portas era enfeitada com um medalhão em circunferência ou oval, ficando os móveis em segundo lugar.

As lareiras, de pedra ou mármore colorido não iam mais até o teto como na época de Luís XIII; na parte de cima tinham como enfeites os quadros ou enormes espelhos,e eram decoradas com esculturas e entalhações.

A iluminação era feita com lustres em cristal, bronze ou prata. Os lustres eram chamados de “girândolas” e eram enfeitados com placas de cristal lapidado em forma de pirâmide e suspensos por correntes de prata ou seda. Usavam-se também apliques de paredes (conhecido hoje em dia como arandelas) e candelabros de prata e cristal.











Com Luís XIV mais velho há uma mudança também no seu estilo, sentindo-se uma necessidade de um pouco de mocidade e alegria a decoração torna-se então mais leve, os emblemas de guerreiros, capacetes e troféus foram abandonados, assim como as alegorias muito pomposas. A ornamentação torna-se mais naturalista com motivos novos como à concha e o florão, e já é sensível na decoração a influência da arte oriental. Várias salas do Grand Trianon é exemplo desta decoração.

O mobiliário de Luís XIV

Era um mobiliário de grandes proporções, simétrico e de caráter masculino, apesar da ornamentação extravagantes sendo os móveis folheados a ouro,quando não eram inteiramente dourados eram ornamentados com incrustações de metais e trabalho de marcheteria,utilizavam as madeiras nobres principalmente à nogueira, carvalho, castanheiro e ébano. Em sua estrutura predominam as linhas retas com curvas severas e dignas.










No início as cadeiras continuam fiel ao estilo Luís XIII com espaldar reto e alto contrastando com os braços encurvados e terminados em volutas, pernas e travessas semelhantes, tendo os pés com balaústre, pequenas bolas ou cubos unidos por travessa em H ou X, depois eles adquirem um perfil de consolo, linha que se repete nas travessas, representando uma cruz colocada em diagonal, da qual cada braço forma um consolo que se enrola em voluta, ao centro. Abolidas as travessas horizontais sob a cadeira, os pés passam a receber um acabamento em globo ou florão. Pouco a pouco, estas cadeiras, inteiramente cobertas por tapeçaria, começam a deixar entrever madeira em volta do assento e do espaldar que, a principio reto, se curvara no feitio de um chapéu de gendarme. Os pés que já tinham evoluído, adquirem também um acabamento em patas de corça, enquanto que as volutas (forma espiralada presente em colunas e pés dos móveis, surgiu na antiguidade clássica) de canto surgem entalhadas na madeira. Arrematando os tecidos, tachas douradas sobre galão dourado.







É famoso o mobiliário Boulle de Charles André-Boulle, mestre ebanista do reinado, que criou a técnica de folhear o mobiliário com ébano, tartaruga, estanho, latão e madre-pérola, com incrustações de prata, ouro, cobre, bronze, tartaruga, marfins e pórfiro, ou trabalhados com mosaicos de madeira da Índia e do Brasil, formando desenhos de motivos variados...










O cabinet que foi tão importante na época de Luís XIII, caiu em desuso.

  • Cama – era ainda monumental e sem madeira aparente, como na época antecessora, os Lits à la duchesse tinham o dossel suspenso enfeitado por plumas e os tecidos que recobriam a peça eram belos e luxuosos como tapeçarias,rendas,damascos,veludos vermelhos,cetim branco ou roxo bordados com ouro e prata,com cortinados junto à parede.
  • Mesas – tinham formatos variados com suas decorações luxuosas, algumas em mármores preciosos outras em madeira dourada, eram ornamentadas com inscrições de tartaruga, bronze, marchetadas ou pintadas, havia ainda as de prata maciça.
  • Cadeiras – Variavam conforme a situação social do usuário. O rei sentava-se em cadeira imponente, com braços, pesadas, douradas e forradas de brocados de ouro e prata. Eram de estrutura retangular havia as com braços ou sem, os braços eram curvos ou retos, as pernas também retas, unidas por traves em H ou X, o espaldar era alto. Algumas se diferenciavam por além de não terem braços eram forradas com tapeçaria ou veludo, tinham os banquinhos de dobrar, com o encosto bordado em cores, predominando o verde e o vermelho.
  • Armário – Eram opulentos, pesados e de um só corpo em madeira ou todo trabalhado à Boulle, enriquecidos com bronze dourado ou cinza.
  • Cômodas – era rica e também trabalhada a maneira Boulle com duas ou três grandes gavetas, e tampo em mármore.
  • Mesa console – era uma mesa pequena e estreita colocada junto a parede,nasceu no século XVII e precedeu o console que entrou em moda no século XVIII,tem quatro pernas trabalhadas,unidas por traves de madeira semelhantes as das cadeiras.
  • Bureau – difere da secretária da época de Luís XV, que é bem mais feminina e delicada, pois o bureau tem as pernas retas e firmes, proporções sólidas e com o mesmo ornamento encontrado nos outros móveis da época.
Aparecem também novos móveis:
A bergère (como se fosse uma poltrona, só que mais confortável e mais profunda).
O canapé, com seis ou oito pés, que se parece muito com a poltrona em estrutura e ornamento tem linhas retangulares, estendendo-se lateralmente, para comportar três ou quatro pessoas – um móvel exclusivo de salões.
O medalheiro que era um móvel muito apreciado onde eram guardados materiais preciosos, como jóias, medalhas, pedras e etc.
O billard era a mesa de jogos, o billard era um jogo que o rei era apaixonado, as mesas eram pequenas ou grandes. Quadradas e recobertas por veludo arrematado por madeira aparente, que sempre era acompanhada por quatro mesinhas redondas de pé centrais, destinadas a receberem as tochas que iluminariam os jogadores, quando fora de uso eram recobertas por um couro vermelho.
A mesa applique que era utilizada encostada à parede sendo por isso decorada apenas em três lados, precursora do consolo, tinha tampo de mármore raro e pés e madeira dourada e muito bem esculpida.
A cômoda que fica no lugar do cofre, na antecâmara. Tinha tampo em mármore.

Também surgiram nessa época os armários-bibliotecas e as poltronas confessionais.



































Estilo Luís XV











O estilo Luís XV esta inserido no período Rococó das artes e sofreu na França, por causa da Companhia Marítima para as Índias as influências orientais da Turquia e da China. Toda as obras sofrem influências. O estilo Luís XV é considerado o mais original dos estilos franceses, totalmente livre da inspiração clássica.


O reinado de Luís XV foi um momento onde o convívio social ganhou uma grande importância, trazendo alegria e fantasia para as pessoas e o imediatismo era uma característica da época e não há como separar a arte da mentalidade vigente.


Neste período ao contrário do que foi o império antecessor, as mulheres ganharam uma grande importância social, é um período onde o feminino exala no cotidiano. Essa época de prazeres e alegrias estava intimamente ligada à figura feminina, tendo sido as mulheres motivos das maiores inspirações para a decoração na corte.



As mulheres passam a participar não só das artes como também da literatura e da política.


Neste período temos como destaque a figura feminina da Madame de Pompadour, amante do monarca Luís XV, que era uma mulher de grande cultura, exemplo de elegância e inteligência, influenciando politicamente as decisões reais, ela se tornou uma empreendedora e foi a peça principal na promoção de produções artísticas,como por exemplo o patrocínio real que ela conseguiu para a manufatura das Cerâmicas e Porcelanas de Sèvres, que depois tornou-se famosa pela delicadeza e graça das peças e foi popularizada também por ela a importação oriental dando destaque para as porcelanas e móveis chineses. Chegou a ser conselheira do rei, tornando-se uma das mulheres mais poderosas de sua época.







O Rococó é um estilo artístico que em fins do séc. XVIII, foi visto com certo desdém pelos artistas do período, principalmente na Itália era visto com desprezo, tendo sido até mesmo sinônimo de uma arte fútil, de mau gosto, exagerada e boba.

“É uma afirmativa injusta, julgar toda uma arte que produziu efeitos ricos e encantadores, por causa de alguns exemplos de mau gosto.”



Alayde Parisot

"Bem,tenho procurado ser neutra no que escrevo,procuro assim tentar ser o mais ética possível,não copio,pesquiso e crio os meus textos baseada na bibliografia que escolhi sempre procuro expor aos meus leitores o que eu compreendi, procuro não esboçar meus julgamentos; do que seja belo ou não, afinal tudo o que estamos vendo é arte e até por que o objetivo aqui não é julgar quem é o autor certo ou errado, até porque não estamos tentando defender aqui idéia nenhuma e sim passar informações que já foram pesquisadas e não são de tão fácil acesso para um público maior que se interessa pelo assunto. Mas me sinto a vontade para expressar minha opinião em relação ao Rococó:
Opinião esta que publicarei no final deste texto."
Sylvana Kelly

Na decoração deste estilo vê-se toda a originalidade, imaginação e espírito de invenção que dotou os artistas da época.
A redução da proporção e a mudança do caráter das linhas, modificou todo o cenário.A emoção a profundidade das linhas retas,das curvas em compasso,da simetria e da pompa foram substituídas pela graça,jovialidade,delicadeza e leveza das curvas a mão livre,assimétricas e alegres.





















O Mobiliário
“O móvel era a preocupação máxima da época. Nunca se viu tal luxo, tal prodigalidade, nunca à imaginação dos fabricantes forneceu formas mais ricas, mais móveis desconhecidos das gerações anteriores.”


Henri Clouzot

Depois de coroado Luís XV passa a viver em pequenas peças chamadas de apartamentos no palácio de Versalhes, para mobiliar essas peças sente-se a necessidade de móveis mais delicados, menores e funcionais que proporcionem maior conforto sendo elegante e prático.

Neste período com a vida social mais íntima e intensa surgiram muitos móveis, com diferentes finalidades, porém todos prezando pela delicadeza e encantos extraordinários com estruturas esculturais, linhas soltas, leves e assimétricas que pareciam fluir em movimento. Móveis fabulosamente trabalhados, com cuidado minucioso em cada detalhe da sua decoração.

Os elementos decorativos do período tinham como motivos à natureza, buscavam na natureza a fantasia e a inspiração, como por exemplo, as conchas, as flores com caule ou em ramos, as folhagens, rochas... O mobiliário pintado também se tornou muito popular, em vermelho vivo, amarelo, azul, preto ou dourado e a laca era muito utilizada.
Surgiram às pequenas escrivaninhas, o semanário (cômoda com sete gavetas, alta e estreita), bibliotecas, vitrinas e penteadeiras, a marquesa que é parecida com a bergère, sendo que tem o espaldar baixo.

Surgem também as salas de banho formando uma unidade com o quarto de dormir.


As cadeiras mostram perfeita noção de conforto e luxo. Os entalhes à princípio numerosos ficam restritos aos eixos, ao espaldar, assento e braços. O espaldar alto foi substituído por um espaldar mais baixo e as cadeiras eram feitas agora para se adequar mais ao corpo humano, as pernas eram características do período "cabriolet". A chaise longue era mais longa e própria para reclinar, havia a bergère como na época anterior e a bergère confessional.
O estofamento era feito com moirés, brocados, tafetá, toile de jouy ou tapeçarias Gobelins e Beauvais, as tapeçarias usadas para cobrir as cadeiras representavam cenas de personagens lendários ou bíblicos, nos encostos e nos assentos animais, com arremates em guirlandas de flores e pássaros. Os assentos de palhinhas para cadeiras e sofás também foram muito utilizados, nestes eram colocadas almofadas soltas ou fixas recebendo couro ou tapeçaria.




































































As mesas eram terminadas com a perna cabriolet, em sua maioria tinham o tampo de mármore, surgiram várias mesas; para escrever, costurar, jogar e etc. Haviam mesas que eram desenhadas para ocasiões especiais, como os jogos.Surgiram várias escrivaninhas.













































As cômodas proliferaram nesse período com uma variedade enorme de formas, existiam os toucadores (mesa com espelho), as secretárias com inúmeras gavetas e frente em “bombé” ou “serpentine” (ligeiramente abaulada ou com ondulações) como os bureaus e bonheur-du-jour.








































As camas afastam-se das paredes e aparecem acompanhadas de uma mesa de cabeceira, colocada ao seu lado apenas à noite. Tinham vários modelos, sendo mais comum as com alcova ou com cortinados por trás da cabeceira, eram bem menores do que as camas da época anterior.















Já no fim do reinado de Luís XV há uma liberdade, superficialidade e maneirismo levados ao exagero, numa proliferação confusa de formas, curvas e motivos ornamentais e começa a decadência deste estilo e a necessidade de uma arte mais calma.

MOBILIÁRIO ESTILO LUÍS XVI
Oi queridos amigos espero que vocês tenham conseguido assistir ao filme Maria Antonieta, e estejam inspirados após os passeios pelas alas e jardins de Versailles e do Petit Trianon ( Rsssssss) para entrar com ‘gosto de gás’ na leitura do mobiliário de Luís XVI.”

Os estilos não mudam logo com a ascensão de um novo rei, são tendências, gostos e costumes que vão sofrendo suas transformações gradualmente.

No final do governo de Luís XV já era notável transformações ocorridas, abrindo espaço para o estilo que viria; o Neoclássico. Podemos dizer que o novo estilo começa a florescer em torno de 1760 e Luís XVI só sobre ao trono em 1774.

Uma série de fatores foi importante para a transição do Rococó ao Neoclássico, sendo um dos principais a descoberta das ruínas de Herculano e Pompéia. Artistas de todo o mundo, arqueólogos e historiadores foram atraídos para as escavações das cidades encontradas e isso fez com que fosse lançada uma nova luz sobre a antiguidade. Sendo assim, o clássico é um dos principais elementos do novo estilo.

Além do elemento clássico fazia parte da sociedade da época um novo pensamento; as teorias iluministas de Jean-Jacques Rousseau e outros filósofos do século XVIII que apoiavam um regresso à natureza, moral e virtude. A natureza e o campo começam a compor e a fazer parte de um novo estilo.

Os elementos helênicos e greco-romanos eram usados mais como modismos do que como uma sólida concepção estética.

Os elementos naturalistas, pastorais e sentimentais do Neoclássico, que eram um dos preferidos da Maria Antonieta, trouxeram resultados encantadores e fizeram este estilo mais romântico do que verdadeiramente clássico. A sobriedade, austeridade e rigidez dominam em detrimento das curvas assimétricas e excessos do Rococó.









A reação contra o Rococó começou na arquitetura, porém como sabemos que as mudanças são graduais, alguma coisa da leveza e frivolidade anterior perdurou.
Um dos primeiros a protestar contra as formas sinuosas do Rococó foi Charles Nicolas Cochin que era designer, escultor, escritor e fez trabalhos artísticos importantes para a corte de Luís XV era amigo da Mme de Pompadour e foi uma das principais influências para o triunfo do classicismo.

Foi um período em que a França estava em momentos decisivos, vinha de meio século de prazeres. A prudência e o cansaço reclamavam por uma maior simplicidade na decoração de interiores e embora sem ser severa, dominavam as linhas retas, as curvas eram discretas, geralmente em círculos, elipses ou ovais; logo após viria a revolução de 1789.

Os motivos mais empregados eram: clássicos, sentimentais, naturalistas, pastorais e geralmente pequenos, delicados e bem acabados; terrinas, medalhões, ovais, frisos, colunas, folhas de laurácea, grinaldas, rosas, pérolas, arcos e flechas, querubins, cupidos, cenas das fábulas de La Fontaine, utensílios de fazenda e chapéus...













O mobiliário

A simplicidade e a elegância das proporções e dimensões marcam o estilo de Luís XVI onde há uma busca por repouso e moderação nas linhas com prioridades para uma harmonia entre as linhas retas e curvas que eram geometrizadas.

É um estilo híbrido que conjuga elementos opostos, preferindo a linha reta e a sobriedade na decoração, no entanto deixando à tona linhas curvas que suavizam a rigidez, dotando as peças de alguma leveza criando assim uma estética muito própria e é considerado um dos estilos franceses de maior impacto sendo por isso ao longo do tempo o mais revivido.







Os fustes em caneluras das colunas dóricas influenciaram os pés das peças que eram encimadas por um quadradinho com patera ou roseta.








O mogno foi uma das madeiras mais utilizadas seguida pelo ébano, nogueira e o pau-cetim. A laca dourada ou preta também foi bastante utilizada, grande parte do mobiliário era pintado ainda em tons pálidos, branco acinzentado, rosa-velho, verde ou azul claro. Porcelas de Sèvres e bronze delicadamente trabalhados eram aplicados aos móveis.

O mobiliário apresenta poucos bronzes e talvez por sua elegância e perfeição de medidas o estilo Luís XVI seja a mais pura expressão do bom gosto francês.


As cadeiras são bem menores e numerosas, com os pés retos, estreitando em direção ao chão, assemelhando-se mais a suportes, os suportes dos braços curvos ou canelados. O espaldar apresentava formas ovais, retangulares ou arredondadas (medalhão). O estofamento era feito em sedas listradas, estampadas, com motivos florais ou em tapeçarias Aubusson. E Beauvais.































As mesas tinham formas retangulares ou quadradas, podendo ter os pés voltado em curvas para fora, ou situados em ângulos retos, com ou sem caneluras. A mesa de jantar aparece redonda.







As mesas de escrever, consoles, as cômodas naturalmente vão se adequando as novas formas, surgem as bibliotecas de dois corpos, fechadas com duas portas na parte inferior, os armários, as vitrines e os baús.























As camas tanto podem ser colocadas junto às paredes quanto podem ser distantes, surgindo quase sempre um dossel para dar o acabamento.



Os nomes mais importantes no mobiliário desta época foram: Riesener, Beneman, Weisweiller, Martin Carlin e Saunier famoso por seus trabalhos de marchetaria.
Pra finalizar alguns espelhos criados no estilo de Luís XVI e lustres:











O Estilo Grego ( 1000 a.C a 145 a.C )








O Estilo Grego


O termo Clássico surgiu na Grécia.Almejavam a perfeição,os gregos eram dotados de personalidade lógica e observadora fora do comum. Atingiram seu intento em filosofia, literatura e artes.

A arte grega pode ser dividida em quatro períodos:

Primitivo ou Heróico -3.000 – 1.000 a.C.
Dórico ou Arcaica – 1.000 – 480
Jônica ou Idade do Ouro – 480 – 336
Coríntia ou época de Alexandre – 336 – 145

Os gregos apreciavam a clareza das coisas, queriam ver tudo em perfeição, sem adornos e excessos, a escultura e arquitetura encarnavam os ideais de harmonia, ordem moderação e proporção.
A arquitetura grega nos é a mais familiar, e nessa se destaca os Templos que eram fantásticos e super importantes. Tinham estrutura retangular e alongada, com entrada em uma das extremidades, não eram construídos pra abrigar fiéis, mas a estátua de um deus,primeiramente foram construídos com troncos de madeira mais passam a ser feitos com colunas em mármore com caneluras,que imitavam os veios dos troncos.
Apareceram três ordens de colunas:











Ø Coluna Dórica: é a coluna que sai direto do chão, é mais grossa, com caneluras afinando ligeiramente para cima terminando em capitel com forma de almofada quadrada. Vai dar o nome a tudo aquilo que se parece com ela de “arquitetura dórica”. É chamada também de coluna masculina, por ser mais robusta.
Ø Coluna Jônica : Elas são mais fininhas,leves e delicadas com caneluras, saindo sobre uma base e no topo (capitel) tem um desenho denominado “voluta”. A voluta vai ser muito usada também depois no Barroco.
Ø Coluna Coríntia : Apareceu mais tarde,é semelhante a jônica,diferindo no capitel que é formado por folhas de acanto,foi muito utilizada pelos romanos.


A obra máxima da arquitetura grega é o “Partenon”.
O ornamento grego, às vezes colorido, era mais freqüente incolor, suas formas eram infinitas, usaram largamente lótus, folhas de acalanto, vitórias aladas, palmas, cariátides e as estatuas soberbas.
A época mais fantástica da Grécia será em 350 A.C., chamada de época clássica. É quando surge a arquitetura, o teatro, a arte, tudo o que gostamos até os dias de hoje.

O mobiliário – usaram mármore, bronze, ferro e madeira na construção de seus moveis que eram decorados com entalhações, incrustações e pinturas.Usaram camas,cadeiras,cofres e mesas.















Ø As camas eram formadas por suportes em pilastras com capitel jônico,nota-se influencia do Egito e Ásia menor.
Ø Cadeiras “Difros” sem espaldar e com suporte em cilindros e “Klismos” de pernas e encosto curvos.Haviam também cadeiras com as pernas terminando em discos,patas de cachorro ou leão.
Ø Mesas pequenas e baixas,muitas vezes de bronze,com 3 ou 4 pés.













A "klismos" era uma cadeira elegante, de belas proporções com espaldar curvo, pés em forma de sabre e assento trançado.O mobiliário grego, entre 1200 e 300 AC, produziu uma variedade maior do móvel decorativo. Os tons azeitona e amarelo, a madeira nativa como o cedro, foram torneados, entalhados, pintados, e embutidos com as pedras preciosas.







Art Déco

Estilo marcou a vida cotidiana

Valéria Peixoto de Alencar*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Art déco, expressão francesa referente à arte decorativa, é um estilo que rapidamente se tornou modismo internacional. Para alguns seria a modernização do art nouveau. Originou-se em Paris, com a grande mostra Exposition Universelle des Arts Décoratifs, em 1925.

Também considerado como um movimento eclético, ou seja, uma mistura de vários estilos e movimentos do início do século 20, incluindo construtivismo, cubismo, Bauhaus, art nouveau e futurismo, associava sua imagem a tudo que se define como moderno, industrial, cosmopolita e exótico.

Por estar ligado à vida cotidiana (objetos, mobiliário, tecidos, vitrais) se associou à arquitetura, ao urbanismo, ao paisagismo, à arquitetura de interiores, ao design, à cenografia, à publicidade, às artes gráficas, à caricatura e à moda.

Reprodução

Acima, um exemplo de vitral art déco. Os motivos florais poderiam remeter ao estilo art nouveau, porém não estão representados de forma orgânica, com linhas sinuosas e traços rebuscados, e sim de forma simplificada, com padrões geométricos, trazendo a influência cubista para o cotidiano.

Sem abrir mão do requinte, os objetos art déco têm decoração moderna. Mesmo quando feitos com bases simples, como concreto armado e compensado de madeira, ganham ornamentos de bronze, mármore, prata, marfim e outros materiais nobres.

O uso de materiais menos nobres e o início da produção em série contribuem para baixar o preço unitário das obras. É o caso das luminárias de vidro criadas pelo francês René Lalique (1860-1945), vendidas em grandes lojas. Como esta, por exemplo:

Reprodução

Art déco na arquitetura

A arquitetura art déco possui fachadas com rigor geométrico e ritmo linear, com fortes elementos decorativos em materiais nobres. Um exemplo é o Empire State Building, em Nova York.

Outras características desse estilo são a utilização do concreto armado, esculturas com formas de animais, o uso dos tons de rosa e a geometrização das formas, além da utilização do plástico (como elemento estrutural) e da pelúcia, muito utilizada como forro para as paredes internas de grandes salões.

Art déco no Brasil

O estilo do art déco influenciou artistas brasileiros. Dentre eles, podemos destacar o escultor Victor Brecheret (1894-1955) e o pintor Vicente do Rego Monteiro (1899-1970).

Na arquitetura, podemos citar o edifício-sede da Biblioteca Mário de Andrade e o Estádio do Pacaembu, ambos na cidade São Paulo, como dois grandes marcos arquitetônicos do estilo na cidade. Mas há outros exemplos significativos da art déco no Brasil: a Torre do Relógio da Estação Central do Brasil (abaixo) e o Cristo Redentor, ambos no Rio de Janeiro.

Reprodução
Torre do Relógio da Central do Brasil.

Art Nouveau

CONTEXTO HISTÓRICO

O Art Noveau ou Arte Nova foi um movimento artístico que sugiu no final do século XIX na Bélgica, fora do contexto em que normalmente surgem as vanguardas artísticas. Vigorou entre 1880 e 1920, aproximadamente. Existia na sociedade em geral o desejo de buscar um estilo que refletisse e acomplanhasse as inovações da sociedade industrial. A segunda metade do século XIX marcou uma mudança estética nas artes, a inspiração na antiguidade vigorava desde o século XV, e as fórmulas baseadas no Renascimento começam a dissipar-se dando lugar a Arte Nova, que se opunha ao historicismo e tinha como tônica de seu discurso a originalidade, a qualidade e a volta ao artesanato. A sociedade aceitou novos objetos, móveis, anúncios, tecidos, roupas, jóias e acessórios criados a partir de outras fontes: curvas assimétricas, formas botânicas, angulares, além dos motivos florais.





ART NOUVEAU NO MUNDO

Art Nouveau teve a expressiva participação do arquiteto Gaudi, que entrava na obra e o projeto estava em sua mente. Depois de sua morte, a igreja Sagrada Família, em Barcelona, teve um longo período para ser finalizada, uma vez que ninguém conseguia conceber o restante do projeto que faltava concluir, devido a grande complexibilidade.

Igreja da Sagrada Família - Barcelona - Antoní Gaudí - Sua construção teve início em 1882 e até hoje continua inacabada.

Na arquitetura, o ritmo orgânico e linear envolve uma construção, mostrando uma união de ornato e estrutura (a linha arquitetural e a decoração se fundem e reforçam) , juntamente com a utilização de novos materiais como o ferro e o vidro.

Os artistas ansiavam por representar seus sentimentos em suas imagens, que eram transmitidos pela linha pura. Evitava-se a lei da gravidade e perspectiva, não havendo diferença de objeto e fundo. A assimetria dominava, e enfatizada, não existindo uma simples duplicação da forma.

Uma das principais influências do estilo foi a natureza, mas contrária do Impressionismo. Seus artistas não buscavam transmitir sensações provocadas pela natureza, mas procuravam analisar os detalhes, fazendo brotar verdadeiras metamorfoses decorativa até chegarem a uma síntese, convertendo efeitos da luz em decoração, por exemplo, e capturando linhas da natureza e reduzindo-as a um esquema.
Escadaria e decoração no estilo Art Nouveau
Fachada em estilo Art Nouveau



ART NOUVEAU NO BRASIL

No Brasil, observam-se leituras e apropriações de aspectos do estilo Art Nouveau na arquitetura e na pintura decorativa. Em sontonia com o boom do ciclo da borracha, entre 1850/1910, as cidades de Belém e Manaus tem, incorporados à sua arquitetura, vários elementos Art Nouveau.

Neste palacete observamos as grades das janelas, o portão de entrada (em ferro fundido) e inetrnamente a existencia de vários lustres.
No norte do país o Art Nouveau também teve incorporado elementos da cultura local, como homens marajoaras e indígenas.

No Rio de Janeiro tem-se a influencia do Art Nouveau na Confeitaria Colombo, inaugurada em 1905.
Confeitaria Colombo Fonte: Banco de imagens da prof. Ana Laura Vilella
Teto da Confeitaria Colombo. Fonte: Acervo da prof. Ana Laura Vilella



Em São Paulo temos um edifício importante que representa o Art Nouveau: a Vila Penteado, projetada pelo arquiteto sueco Carlos Ekman (1866-1940) e construída em 1902 para abrigar duas importantes famílias paulistas, a do Conde Antonio Álvares Penteado e a de seu genro, Antônio Prado Junior.

Situado na Rua Maranhão, no Bairro de Higienópolis, o prédio foi doado à USP em 1949, a luxuosa construção de dois pavimentos, com mais de 60 cômodos, é hoje a sede da Pós Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU-USP.
Vila Penteado antes do restauro
Vila Penteado antes do restauro
Vila Penteado atualmente

Podemos então resumir o movimento em algumas características chaves:

1- Temática naturalista (flores e animais); 
2- Motivos icônicos, estilísticos e tipológicos derivados da arte nipônica; 
3- Arabescos lineares e cromáticos; preferência pelos ritmos baseados na curva e variantes; a cor, tons frios, pálidos, transparentes, formados por zonas planas, ou esfumadas 
4- Recusa da proporção e equilíbrio simétrico, a busca de ritmos musicais, em elementos ondulados e sinuosos 
5- Propósito de comunicar por empatia um sentido de agilidade, elasticidade, leveza, juventude, otimismo.


RENASCENÇA ( 1400 - 1600 d.C.)

Renascença Italiana

O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650, sobretudo no século XVI. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. Ou seja, a partir do Renascimento, o ser humano passou a ser o grande foco das preocupações da vida e do imaginário dos artistas. O retrato, por exemplo, tornou-se um dos gêneros mais populares da pintura, utilizado, na ausência da fotografia, para o registro de pessoas e famílias nobres e burguesas.





A Itália tornou-se durante a idade média, o centro do comércio entre o oriente a Europa ocidental. A riqueza trazida pelo comércio concentrou-se em certos grupos familiares como os Médicis, Pitti, Riccardi, Borghese, Vendrimini entre vários outros, que foram de grande importância para o esplendor da Renascença italiana.



Neste período o castelo medieval perde, pouco a pouco, o seu ar de fortaleza para se tornar uma morada. É o mais importante dos estilos italianos. É à volta dos modelos da antiguidade clássica greco-romana. Colunas e pilastras, frontões, frisos e arquitraves eram usados interior e exteriormente, criando salões mais formais, dignos e magníficos.
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura).

Principais características:
  • Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares).
  • Ordens Arquitetônicas
  • Simetria
  • Arcos de Volta-Perfeita
  • Simplicidade na construção
  • A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas.
As cores mais usadas na renascença eram o vermelho, verde, roxo, azul e amarelo




As lareiras, em pedra ou mármore trabalhadas não tinham mais a chaminé do gótico. O amor à beleza penetrou de tal maneira na mente do italiano que os mais simples artigos caseiros eram desenhados e feitos com cuidado e perfeição.

Quadros tinham molduras trabalhadas em entalhações. A indústria de cerâmica desenvolveu-se muito em Faenza e Urbino. Veneza era o centro da indústria do vidro pintado e cristal. Também começaram a fabricar pela primeira vez pequenos espelhos, em substituição ao metal polido usado pelos antigos.



A Renascença trás algumas novidades nas cadeiras e poltronas como o espaldar, braços e esteios, aparecendo com quatro pés inscritos num quadrado ou trapézio, reunidos por travessas. Eram móveis suplementares o buffet e o gabinete (buffet menor), apesar de belos os móveis desse período foram projetados para ambientes enormes, sem limites de espaços e por esse motivo não puderam ser adaptados às condições de vida subseqüentes. Nota-se também, nos móveis dessa época a crescente influencia holandesa. O renascimento Italiano foi realmente de grande alcance, inspirou os artistas de todos os ramos e afetou as artes e ofícios do mundo.
























 

Estilos da Antiguidade;

Esses estilos dividem-se em geral em dois períodos: Pré – clássico e Clássico. Abrange as artes do Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Índia e Creta o período pré-clássico, Grécia e Roma o período clássico.
Dentro desses dois períodos encontramos trabalhos com noções perfeitas de proporção, equilíbrio, pureza de linha e até anatomia. Tendo a religião como grande inspiradora.


Egito, Grécia e Roma criaram artes que posteriormente influenciaram vários outros países, então destacarei aqui algumas de suas particularidades.

Antes de começar gostaria de dizer que a história da arte é um assunto amplo,com uma bibliografia vastíssima e com olhares diferentes...Admiro muito o equilíbrio,rigidez e proporção da arte egípcia,feita para a morte,para a eternidade,para a religião porém a Grécia é majestosa com seu estilo contrário aos egípcios pois não eram dominados pela religião,devotos da liberdade,povo do qual herdamos nosso espírito ocidental,onde somos crentes das nossas realizações.Acho magnífica a forma desse povo venerar o homem e a razão ao ponto de conseguirem superar a fé...Mas como o objetivo do blog é a ARTE DE DECORAR INTERIORES,serei breve em descrever estes estilos e aconselho que vocês busquem mais e mais informações pois o assunto é magnífico.Para escrever para vocês essa parte histórica usei como fonte bibliográfica:

MASCARENHAS, Alayde Parisot. Arte e Decoração de Interiores.
GOMBRICH, Ernest. A História da Arte.
Apostila do curso de Decoração de Interiores da Escola de Decoração Nida Chalegre. Estilo de Mobiliários.

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